Este capítulo está interligado ao capítulo 17, Anne—A glória tem
dois polos de forma intrínseca.
Conheci uma menina pela internet em 2010 e só em agosto de
agora, 2011 marquei encontro com ela. Eu tive mesmo que guiar
ela pois ela é muito tímida. Do tipo que tem até fobia de atender
telefone, mas estava gostando de mim, além do que, já havia me
dito que várias pessoas estavam falando de mim no colégio e não
apenas sua amiga (verificar no facebook), mas as outras meninas
também. Minha primeira e já esperada pergunta foi se era bem ou
mal. Ela digitou em caixa alta sem demora:
—BEEEEM!MUITO BEM!
Esse é o tipo de coisa que ajuda muito, pois dessa forma fica
fácil de você namorar até a mulher mais insegura que existe. As
mulheres se preocupam muito com a forma em que o pretendente
a relacionamento será visto pelas amigas. Se uma ou duas disserem
que achou feio, estranho ou qualquer outra coisa deste calibre
negativo, caro leitor do sexo masculino que estiver lendo este livro,
pode ter certeza que ela jamais ficará com você, mesmo você
sendo bonito, de classe média e que toque um instrumento e cante.
Este protocolo apenas seria quebrado se a mulher fosse muito firme
e segura de si e confiasse na solidez de sua perspectiva. Nunca
conheci nenhuma mulher assim. Todas são inseguras e qualquer
detalhe pode levar tudo pelo ralo. Quando peguei em sua mão pela
primeira vez, ela ao invés de tirar suas mão de mim, disse que tinha
vergonha de andar de mãos dadas. Ela poderia ter feito pior,
poderia ter tirado suas mãos das minhas. Ela ficou naquela atmosfera de
amizade, colorida, mas amizade. Eu já sabia o que fazer e sabia que
haveria o momento certo, até quando deixasse ela viciada em mim.
Fiz todo aquele clássico processo de escassês para ela sentir minha
falta e com ela funcionou muito bem. Até o dia em que a beijei.
Em setembro tive que sair do meu curso de computação gráfica
por não ter podido pagar a 4º mensalidade que viria. Eu poderia
continuar de onde parei, caso resolvesse voltar. Nesta época ainda
havia divisão de duplas por computador e quem se aproximou parafazer dupla comigo foi um jovem garoto chamado Caio, que era
extrovertido e bem humorado. Ele tinha 16 anos. Havia uma me
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nina na turma que aparentava ter 13 anos e usava cabelo rosa. Era
uma versão anã de Lucy do anime Elfen Lied. O Caio acabou por
chamar ela para formarmos um trio, pois o menino que fazia dupla
com ela, além de criança, e ser ruim nas artes, não queria saber de
fazer os trabalhos. Então a conheci melhor. Ela se chamava Dayse.
Nos dias que Caio faltava, Eu tinha ela de companhia, formando
dupla e quando ela faltava, havia o Caio. Eu não faltei dia algum.
Em 12 de outubro de 2011, foi meu primeiro dia no novo emprego.
Me tornei um dos funcionários da tesouraria no banco bradesco,
em uma agência do centro do Rio de Janeiro. Eu nunca consigo
emprego formal na região metropolitana e nem em qualquer outro
lugar do estado que não seja o centro, ou, capital se preferir. Foi por
indicação do meu pai que ja foi funcionário há décadas e décadas
atrás do século passado. O gerente e amigo da época em que ele foi
funcionário, há tempos não trabalhava em banco algum, pois abriu
sei próprio negócio, uma pequena empresa de informática.
Para minha sorte, outros funcionários o conheciam e assim o responsável
pela contratação de funcionários foi checar as referências. Ninguém
lá naquela agência conhecia o meu pai, mas alguns pelo menos,
conheciam o Ivan Matos, amigo do meu pai na época em que eles
foram funcionários.
Fato curioso é que no primeiro mês, isso mesmo, não o segundo
ou terceiro, logo no primeiro mês, veio um envelope constando o
valor de R$160,00 escrito de próprio punho e no sistema, o valor
era o mesmo, porém, dentro do envelope, a quantia era de R$170,0,
ou seja, havia R$10,00 que não constava, portanto, tecnicamente
seria do primeiro que embolsasse, correto? Sim e não. Meu pai
já havia me alertado que eles costumam depositar envelopes com
importâncias a mais que o declarado, tanto na escritura de próprio
punho quanto digitado na máquina e que vai para o sistema. São
pessoas do próprio banco que fazem isso para testar funcionários
novos. O salário era bom. R$2,400,00 de início e após os três
meses, com a rescisão do contrato de experiência.